Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal

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Fotografia: Joaquim Francisco - Tomar - 2008-02-25

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Alguém que pensa que: Não há nada de oculto que não deva aparecer ao público. Se alguém tem ouvidos, que ouça. Se alguém tem olhos, que veja. Se alguém tem boca, que fale.

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Um Prémio de 1,42 milhões de dólares. Porquê?

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A polémica em torno do Prémio Nobel da Paz atribuído ao Presidente dos Estados Unidos Barack Obama, não só tem razão de ser, como põe em causa a escolha do Comité Nobel, ao nível da escrupulosa e sábia interpretação das reflexões que estão subjacentes ao ideal do seu mentor, Alfred Nobel. Este, “onde quer que esteja” está revoltado de certeza (digo eu) pois, suas “instruções” foram postas em causa e deturpadas em prol de algo que, o futuro vai com certeza nos revelar, mas diferente do agora alvitrado (só pode). Esta ocorrência foi acompanhada em todos os Continentes e todos os Países, com uma hipocrisia atroz. De todo o lado choveram parabéns e felicitações, situação que a meu ver, demonstra uma patética subserviência por parte dos diversos Governos e Políticos, com medo certamente, de ficarem “mal na fotografia”, se não prestassem rapidamente a “mui digna vassalagem”. Esqueceram-se todos no entanto que, por mais voltas e operações de charme que os Estados Unidos tentem dar, continuam a ser os “maus da fita” ao nível de maior potência bélica, potência nuclear e potência poluidora. Certo é que Obama só lá está à 9 meses e que este prémio tem o intuito de o “encorajar” (dizem).
Agora pergunto: Quem é ingénuo ao ponto de acreditar que o Sr. Presidente Barack (com toda aquela “máquina” interna que o rodeia e influencia) consegue mudar num ano, mesmo dois, três ou quatro, todas as políticas com que a Nação Americana nos tem presenteado? Quem é que acredita, por exemplo, que as Guerras do Afeganistão e Iraque vão acabar? Na minha modesta opinião, o velho ditado “tão ladrão é o que vai às uvas, como o que fica de guarda”, cabe como uma luva neste acontecimento. Mesmo que o dinheiro (1,42 milhões de dólares) seja entregue a causas beneméritas, o que aqui está em causa, é a polémica que foi provocada com esta nomeação. Repito a minha ideia: Esta desastrosa escolha, foi o coroar de uma má interpretação que deram às palavras de Nobel pondo em causa a credibilidade presente e até futura de um Comité que envergonhou linearmente o seu nome. Por sua vez, Barack Obana em prol de uma política de transparência, justeza e com o intuito de não alimentar polémicas, não deveria aceitar o referido galardão.
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Por: Joaquim Francisco - Tomar - 2009-10-11
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In Jornal Cidade de Tomar - Edição N.º 3880 - 2009-10-16