Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal

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Fotografia: Joaquim Francisco - Tomar - 2008-02-25

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Alguém que pensa que: Não há nada de oculto que não deva aparecer ao público. Se alguém tem ouvidos, que ouça. Se alguém tem olhos, que veja. Se alguém tem boca, que fale.

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Biocombustíveis e Especulação Abusiva = Crise

A capacidade inventiva e destrutiva do Ser Humano está a provocar desequilíbrios naturais e económicos (estragos) na Mãe Natureza. Depois de explorada, espoliada e vandalizada até à exaustão, vira-se agora o Homem para os recursos agrícolas, na mira de que a sua produção em massa, ajude a reduzir a utilização dos recursos minerais. Vamos deixar de consumir recursos naturais extraídos do interior da Terra e passamos a utilizar os recursos naturais do exterior da Terra (substituímos os combustíveis fósseis como o petróleo e gás, por Álcool da cana de açúcar e Biodisel dos óleos vegetais). É com esta troca de produtos e matérias-primas que começa o problema e a especulação (a outra face perversa e funesta da moeda). O aumento da procura dos óleos vegetais está a originar uma escalada de preços dos cereais (o milho subiu de preço 130%), provocando em simultâneo, a falta dos mesmos no mercado alimentar – terrenos que eram cultivados tradicionalmente com milho, trigo ou cevada, estão agora a ser utilizados para o cultivo de colza, por exemplo. Como se isso não bastasse, o aumento do preço do petróleo é uma realidade que agrava a crise já instaurada.

Não existindo aparentemente ninguém a regular esta situação, era fundamental e urgente uma intervenção decisiva e implacável por parte dos Governos. Se as organizações políticas e comunidades económicas estatais, se organizam para criar barreiras alfandegárias, proteccionismo nos preços, quotas de mercado e leis comerciais específicas, não se entende o porquê de não conseguirem (ou não quererem) se organizar e criar medidas para travar estas actuais especulações mercantilistas. Será porque os intermediários por via das vendas inflacionadas e os Estados por via dos impostos, são finalmente quem mais ganha, com esta degradante situação (pactuando entre si). Esta CRISE, vai provocar um aumento que pode ir até aos 39% no preço dos alimentos e por conta desta situação anómala, quem sai prejudicado é sempre o mesmo: O Consumidor, o Povo (um bem que custe hoje 20,00 €, poderá vir a custar até ao final do ano 28,00 €. Se somarmos todos os gastos de um agregado familiar, temos um aumento de mais 195,00 € por Mês, nas despesas desse agregado). Como todos sabem, e para ajudar os portugueses, a nossa economia é e está muito frágil, com a crise implantada nos mercados internacionais, ainda mais débil vai ficar (Portugal importa 90% dos cereais que consome). Cuidem-se os Portugueses pois esta é a realidade, a nossa realidade. Melhores dias não se prevêem, bem pelo contrário, uma profunda carestia avizinha-se e as consequências serão imprevisíveis (fome no mundo). Preparem-se portanto, para o pior.

Por: Joaquim Francisco Tomar 2008-05-01